terça-feira, 16 de setembro de 2008

Parte 5 - O díficil acesso a terra e a ínfima produção agrícola.

País com dimensões continentais, o Brasil – o 5° maior país do mundo, em termos de terras -, não é capaz de promover amplo programa de colonização e acesso a terra. Nossa estrutura agrária é constituída por “muita gente sem terra, e muita terra sem gente”. Esse é o quadro que devemos refutar. Pela mudança desse sistema é onde devemos nos posicionar de forma contrária e radical, se quisermos, realmente, fazer desse País uma Nação justa e solidária. Chega a ser inadmissível aceitarmos que em terras brasileiras somente possam ser colhidas 80 milhões de toneladas de grãos/ano. Ao passo que a nossa vizinha Argentina, que é menor em tamanho do que o Estado de São Paulo, colha algo próximo a 90 milhões de toneladas.
A reforma agrária é um imperativo social. Ao fazê-la o país estará, ao mesmo tempo, criando emprego, aumentando a safra agrícola para poder alimentar uma maior parte de sua gente e fixando o homem ao campo, evitando, pois, o inchaço das grandes cidades que, caóticas não mais conseguem abrigar o excesso populacional. É pelo acesso à terra, pela democratização do espaço agrário e pela expansão da produção agrícola que faremos valer a força que prediz que o mercado interno deva ser enaltecido. O Brasil ainda não percebeu que tem esse potencial. Ainda não se deu conta de que possuir um mercado interno forte e dinâmico poderá colocá-lo em posição privilegiada. O mundo exterior já descobriu isso e luta, a ferro e fogo, para conquistar nosso espaço. Vejam os interesses de europeus e americanos, por exemplo, na questão da Amazônia.

Nenhum comentário: