terça-feira, 16 de setembro de 2008

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SEMINÁRIO DE GEOGRAFIA – 3°bimestre

Colégio:Tiradentes Aldeota

Série: 2°
Turma: Única
Turno:Manhã

Alunos que compõem a equipe:
1- Karize Bevilaqua - nº 29
2- Laís Azevedo - nº 30
3- Jamylle Coutinho - nº 20
4- Bruna Camurça - nº 7
5-Thiago -n°

TEMA DO SEMINÁRIO:O Brasil na Globalização

Índice

Introdução

Desenvolvimento: O que é globalização?
Parte - 1 Neoliberalismo e a globalização no Brasil.
Parte - 2 A Economia Brasileira frente ao processo de globalização.
Parte - 3 Os caminhos que precisamos percorrer.
Parte - 4 As mudanças num pais globalizado
Parte - 5 O Difícil acesso a terra e a ínfima produção agrícola
Conclusão
Fontes de pesquisa

Introdução.

Inicialmente buscamos demonstrar que o processo de globalização não é algo totalmente novo e de significado único, como as forças econômicas predominantes fazem crer, mas que o mesmo se faz sentir em todos os campos do agir humano, colocando em xeque a própria noção de uma cidadania participativa, consubstanciada esta, em uma provável e desejável autolegislação. O fenômeno da globalização dos mercados em escala mundial não é, realmente uma novidade, sendo apenas seus efeitos mais radicais. Na verdade, após o fim da denominada Guerra Fria, ocorreu, a grosso modo, uma espécie de reestruturação macroeconômica, com uma releitura dos postulados liberais do famoso laissez- faire do século XIX, afirmando-se que o mercado livre, por si só, seria capaz de conduzir à democracia, é o chamado neoliberalismo.neste trabalho será mostrado como o Brasil tem procurado se desenvolver em meio a um mundo totalmente globalizado.Não é de agora que o Brasil apresenta transformações tecnológicas que se manifestam na sociedade brasileira. Mas foi desde 1990 que a globalização teve maior impacto. Nesse período a economia brasileira passava por uma série de crises: déficit público elevado; escassez de financiamento para atividade produtiva e para ampliação de infra-estrutura; inflação; no final da década de 80 a inflação chegou a 80% ao mês, e os preços subiam diariamente.No inicio da década de 90, o Brasil passa a adotar idéias liberais, abrindo o seu mercado interno, criando maior liberdade para a entrada de mercadorias e de investimentos externos, derrubando assim, algumas barreiras protecionistas. A idéia era ter o capital estrangeiro como ajuda para retomar ao crescimento econômico.Alegava-se que a economia ia ser beneficente para as empresas nacionais, estimulando o desenvolvimento e recuperar atrasos em alguns setores. Esperava-se, que a economia brasileira fosse mais competitiva, em a ajuda de subsídios e protecionismo.

Desenvolvimento.

O que é globalização?

A todo o momento, em vários lugares, em muitos meios de comunicação, seja televisivo ou impresso, constantemente as pessoas visualizam, lêem e ouvem falar em Globalização, mas afinal de contas o que é Globalização? O significado pode ganhar diversas definições de acordo com os interesses e linhas de pensamento. De forma sintetizada, Globalização corresponde ao envolvimento de várias economias no mercado internacional, ou a interdependência comercial entre os países, que pode ser percebida por meio do acelerado crescimento de intensas relações comerciais, turismos internacionais e investimentos multinacionais, nos meio de comunicação e transporte. A Globalização atinge as culturas, que muitas vezes são alteradas em seu modo de vestir, comer, divertir, além da música, cinema e outros. Antes da globalização propriamente dita, os produtos importados de países industrializados eram enormemente superiores aos nacionais, atualmente isso mudou, pois um único produto pode possuir um valor e uma qualidade similar em nível global, esse fenômeno pode ser explicado por causa das multinacionais dispersas por todo o mundo. A Globalização, de certa forma tem promovido a diminuição do mundo ocasionado pela modernização dos transportes que são cada vez mais modernos e rápidos, as mercadorias, independente da origem, podem ser encontradas em qualquer lugar do Globo e a modernização dos meios de comunicação que atuam em nível global através de aparelhos como telefone celular, fax, televisores a cabo e internet, fazem com que as pessoas mantenham contato em tempo real.


Parte 1 - Neoliberalismo e Globalização no Brasil


Foi no governo do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) que o Brasil se ingressou na economia globalizada, onde permitiu-se a entrada do capital estrangeiro, de empresas multinacionais e o aparecimento da privatização. Essa economia globalizada se intensificou no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que mostrou ao Brasil a necessidade de se modernizar para poder afirmar-se como um estado que possui uma economia global.
Em nome da economia global implantou-se,com o auxilio da mídia, o espírito de convencimento onde uma boa quantidade do povo brasileiro foi convencido de que a produção importada é superior a produção nacional. E para que a produção internacional entrasse no Brasil, tiveram que ser aberta as fronteiras de mercado, ou seja, poucas palavras é possível dizer que a sociedade global imposta pela política Neoliberal teve quebrou barreiras e distancias tanto no âmbito geográfico, social, cultural, político, econômico e educacional.A globalização não dá resultados iguais para todos os países, porque ela é um processo irreversível onde os países periféricos foram é um fenômeno que invade os contextos locais. A atingidos de forma dura pelas profundas e grandes mudanças no mercado de trabalho.

Parte 2 - A Economia Brasileira frente ao processo de globalização


Durante quase um século, de 1.900 a 1.980, o Brasil foi o país que apresentou uma das melhores taxas de crescimento de PIB do mundo. Se considerarmos o PIB per capita, ou seja, por habitante, vamos descobrir que o Brasil foi o segundo, perdendo apenas para o Japão. Mesmo com todo esse crescimento, com todo avanço verificado na tecnologia e na ciência, nosso País não conseguiu erradicar alguns males que nos caracterizam de forma negativa; muito pelo contrário: o que o país conseguiu foi sim criar um verdadeiro paradoxo estrutural: crescemos economicamente, decrescemos socialmente. Concentrou-se muito a renda, mas sua distribuição foi precária. Criaram-se “bolsões de pobreza” aumentando a massa de excluídos.
À economia que foi se abrindo comercialmente desde 1.990 (governo Collor), cometendo desde o início o erro de manter uma taxa de câmbio real valorizada, serviu apenas para que uma pequena parte da população pudesse desfrutar das maravilhas de um consumo importado, à medida em que a indústria nacional se desestruturava por completo, em face de permitir um grau de importação superior ao de exportação. Coube, pois, a outra grande parte dessa população, ficar sem acesso a produtos básicos. Segundo estudos elaborado pelo IPEA, 85 milhões de brasileiros está vivendo abaixo da linha da pobreza. Cerca de 29% desses brasileiros vivem com menos de US$ 1/dia. Entre os 18,5 milhões de aposentados brasileiros, 11 milhões ganham apenas um salário mínimo. De cada US$ 100 dólares de riqueza produzida neste país, US$ 24 são para pagar dívidas com os credores internacionais. Ainda hoje, na Zona da Mata nordestina (área secularmente ocupada pelo latifúndio canavieiro) existem crianças de dois e três anos que mal conseguem falar as primeiras palavras e dar os primeiros passos por causa da subnutrição provocada pela pobreza e pela miséria. No Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, crianças de quatro ou cinco anos são “obrigadas” a tomar algum tipo de aguardente, dado pelos próprios pais, pois só assim conseguem dormir e, dormindo não vão ter fome, pois, simplesmente, não há o que comer.
E mesmo assim, nosso país “ainda” se orgulha de estar entre as dez primeiras economias do mundo.
Econômica e socialmente, o país vai muito mal. Atualmente falta-nos o emprego. E este só falta porque estão faltando os investimentos. Sem os investimentos não se faz renda, por sua vez sem renda não há consumo e sem consumo o país não cresce, avançando assim num processo recessivo. E só teremos investimentos se conseguirmos aumentar a taxa de poupança interna, situada atualmente entre 16% do PIB. Só conseguiremos captar maior poupança se desatarmos o nó da dívida interna.
Entretanto, o governo se quer consegue estimular as exportações, preferindo importar o que poderíamos fazer internamente, preferindo a demagogia barata do discurso fácil do “exportar ou morrer”, parecendo mais a lá Dom Fernando I (em alusão, evidentemente, a Dom Pedro I). Às contas externas estão deteriorados Os déficits externos já chegou a casa dos 5% do PIB. Paga-se muito de juros da dívida externa, algo próximo a R$ 18 bilhões/ano. Isso é simplesmente um orçamento anual do Ministério da Saúde. Esse gasto com os juros da dívida compromete o ajustamento das questões sociais, obrigando o próprio governo a cortar verbas em áreas como saúde, educação e infra-estrutura.
No próximo ano, o governo pretende investir R$ 33 bilhões em saúde, educação etc., enquanto que credores receberão, de juros da dívida, cerca de R$ 69 bilhões. Privatiza-se em nome da busca da modernidade, entrega-se o patrimônio público e o que vemos: além da dilapidação do patrimônio, os serviços decaírem consideravelmente no quesito qualidade. Como mudar esse triste e perverso quadro? Basicamente, há alguns caminhos pré-determinados e bem conhecidos, que são capazes de apontar às direções possíveis, a fim de superarmos essa crise.
Num primeiro plano, o governo precisa ter claro, em suas ações qual é o seu papel quanto à busca de um projeto de desenvolvimento. Para tanto, algumas “reformas” precisam aflorar, dentre elas a reforma agrária, capaz de fixar o homem ao campo, evitando assim seu êxodo em direção às grandes cidades e proporcionando uma substancial elevação da safra colhida.Já com relação à questão tributária, faz-se necessário permitir com que o governo passe a arrecadar mais e melhor. Urge, uma reforma que desonere a folha de pagamento das empresas, caso contrário, os empregos continuarão a entravar. E, por fim, cabe uma reforma da própria política econômica que promova o rompimento de uma vez por todas com as “ligações” nefastas com o Fundo Monetário e, priorize, acima de tudo, a prática dos investimentos para atingirmos o desenvolvimento econômico. Única, somente e impreterivelmente, o desenvolvimento econômico poderá safar o país desse crítico processo que ora vivenciamos, evidenciado nas relações da economia, da sociedade e em nosso viver, no dia-a-dia. Não há como imaginar um país melhor caso não sejam praticados os necessários investimentos, quer sejam eles localizados nos setores primários, secundários e terciários.



Parte 3 - Os caminhos que precisamos percorrer.

A existência do Plano Real provocou, desde sua implantação, uma situação inusitada à vida econômica do país. Essa situação demorou exatos quatro anos. O plano criou uma dicotomia de caminhos dúbios: se, por um lado, estancou a sangria desatada dos aumentos abusivos de preços, por outro, fez com que a estabilidade, por si só, se demonstrasse inerte a fim de levar a economia ao caminho de um desenvolvimento sustentável. Isso porque, durante todo primeiro governo FHC, o erro grasso praticado ao sobre valorizar a moeda nacional, colocou toda a atividade produtiva nacional à beira do abismo. Nesse período de tempo, - 1.994-98 -, a farra dos importados invadiu o mercado local, levando com isso boa parte da indústria brasileira a total quebradeira. Esse período marcou ainda o aprofundamento do endividamento externo brasileiro. Importamos de tudo e esquecemos de capacitar nossas empresas para competir internacionalmente. Resultou-nos uma atividade produtiva fraca e pífia.
Com a desvalorização da moeda, praticada em janeiro de 99, a expectativa era de reversão desse quadro. Entretanto, o avanço das exportações ainda não aconteceu. Atualmente, o Brasil está exportando cerca de 6% de produção bruta anual, enquanto que o mundo desenvolvido atinge marca de exportação superior a 20%. Quanto menores forem as exportações, maiores serão as dificuldades na hora de gerar empregos. Estima-se que para cada US$ 1 bilhão de dólares de exportações, haja uma correspondente geração interna de 60 mil empregos. Para aumentarmos às exportações, urge aliviar-se o setor exportador dos pesadíssimos impostos. Nos últimos cinco anos, o saldo da balança comercial tem registrado consecutivos déficits. Afora o lado econômico, a questão social agoniza pela falta de atitudes. Todos nós somos sabedores desde o princípio da existência da humanidade que a educação é responsável direta pelo bom desempenho de qualquer país.Entretanto, o nosso ainda, dentro do século XXI, insiste em relegar à educação um papel secundário. Investe-se a parca quantia de 3,7% do PIB, enquanto países bem avançados continuam investindo, em média, de 8% a 10% do produto interno. O exemplo japonês é bastante notório. Ao final da Segunda Grande Guerra, e tendo que levantar a todo custo seu país, o governo japonês chegou a investir cerca de 14% de seu PIB em educação. Resultou, então, que em apenas 40 anos saíram de uma posição desconfortável pós- II Guerra para se colocar como Segunda maior potência econômica, nos idos dos anos 80. Nos dizeres do professor Cristovam Buarque, falta termos “mania de educação”. Diz o referido professor que é muito difícil levar 150 milhões de pessoas às escolas, mais é perfeitamente possível levar a escola aos 150 milhões de habitantes, instalando para isso, em cada canteiro de obras desse país, (p. ex.), uma sala de aula. Difícil é aceitar a existência de 17% de analfabetismo , perante os 170 milhões de habitantes. São cerca de 19 milhões de pessoas que não possuem “acesso ao mundo”, pois não sabem ler e escrever. O curioso é descobrir que, se comparado a América Latina, superamos apenas à Bolívia, no quesito número absoluto de analfabetos/população.